O perfil de um Oficial de Comunicação especificamente, as habilidades e responsabilidades requeridas, podem variar de acordo com tipo de organização que este está inserido porém, em geral, estão relacionadas a gestão de conteúdos (de comunicação) e relações-públicas. No entanto, o tipo de gestão adoptada pela direcção da organização, ou seja, a forma como os líderes desta organização olham para a Comunicação (como um sector) pode influenciar bastante, para o estabelecimento da área, incluindo os perfis do pessoal.
Neste artigo, falamos de 4 coisas (condições) que um Oficial de Comunicação (OC) deve ter fora o conhecimento e domínio de ferramentas e canais para a produção, edição e disseminação de conteúdos comunicativos:
1. Ouvir
Muitos Profissionais de comunicação gostam de escrever, editar ou disseminar, no entanto, tudo só será robusto e eficaz se o emissor tiver a capacidade de ouvir e ouvir com empatia, não apenas compreender as palavras que estão sendo ditas, mas também reconhecer e validar as emoções por trás da comunicação. Quem conta histórias adiciona luz, camara e acção a uma história que já existe, pelo que é importante a atenção plena e foco total no que a outra pessoa está dizendo, a tolerância e o respeito pela diversidade.
2. Criatividade
O Oficial de Comunicação para além de informar tem também a responsabilidade de entreter e resolver problemas, daí que a sua função envolve a capacidade de pensar e ser original, inventar e imaginar. O ser original não significa necessariamente criar algo do zero, mas, ter a capacidade de combinar ideias, conceitos ou outros elementos/ferramentas de forma a obter algo novo e inesperado.
A criatividade inclui a curiosidade, ter mente aberta e flexível capaz de explorar diferentes perspectivas. Acima de tudo, um profissional fora da caixa deve ser pensar de maneiras não convencionais, desafiando sempre o status quo, ou seja, deve pensar fora da caixa.
3. Versatilidade
A demanda de trabalho de um Oficial de Comunicação exige que o individuo tenha a capacidade de se adaptar e desempenhar diferentes funções, tarefas ou papeis com facilidade e eficácia. No contexto actual é desejoso por exemplo, que um Oficial tenha noções básicas de técnicas de fotografia, vídeo, edição e produção de textos, assessoria de imprensa, gestão de redes sociais, etc. e isto parece uma máquina, pois não? Não necessariamente, é que a posição em si, demanda que o profissional tenha a capacidade de equilibrar várias responsabilidades simultaneamente e manter um alto nível de desempenho em cada uma delas.
Deste modo, espera-se que este profissional tenha a capacidade de aprender rápido e disposição para se desafiar em novas áreas, de modo a encontrar soluções criativas para uma variedade de problemas. Isto implica a capacidade de se envolver e trabalhar em equipa ou de forma individual, promovendo em todas situações uma comunicação sólida e/ou eficaz.
4. Autonomia
Um dos desafios sobretudo em contextos burocráticos, é a conquista da autonomia do Oficial de Comunicação, o que pode limitar o seu espírito criativo, no entanto, caberá a este profissional usar a sua versatilidade para se adaptar e propor novas dinâmicas. É essencial que o profissional de Comunicação, tenha capacidade de tomar decisões e assumir responsabilidades (de Comunicação) sem a necessidade de autorização ou intervenção externa.
No entanto, é preciso reconhecer que a autonomia implica também o respeito pela autonomia dos outros, o que significa que o profissional deve reconhecer e valorizar a capacidade das pessoas de tomar suas próprias decisões e respeitar suas escolhas, mesmo que sejam diferentes das nossas. A autonomia envolve também a autoconfiança e autodirecção.
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Recomendações (Leitura)
Mosquera, R. (2023, Maio 14). O poder transformador da empatia. From Além da Performance : https://www.linkedin.com/pulse/o-poder-transformador-da-empatia-roberto-mosquera/?originalSubdomain=pt
Pereira, M. S. (2014). A gestão da comunicação nas organizações e liderança pessoal (Vol. https://www.academia.edu/85212900/A_gest%C3%A3o_da_comunica%C3%A7%C3%A3o_nas_organiza%C3%A7%C3%B5es_e_lideran%C3%A7a_pessoal). Santiago: USC.
Kunsh, M. M. (2014). Comunicação Organizacional: contextos, paradigmas e abrangência conceitual. Matrizes(1982-2073), 35-61.
Garcia, H. F. (2014). The Power of Communication (https://ptgmedia.pearsoncmg.com/images/9780132888844/samplepages/9780132888844.pdf ed.). New Jersey: Peason Education.
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